Após aventuras pelas ruas velhas e praias geladas do Uruguai, entramos no Brasil. E o fizemos completamente sem glamour, à moda mochileiro: andando.
Atravessamos o Uruguai correndo contra o relógio, afinal a passagem de volta, por Porto Alegre, já estava comprada. Mesmo assim conseguimos conhecer as principais atrações do país, como as monótonas ramblas de Montevideo, a deserta Punta del Este e a gélida e abandonada Punta del Diablo. Por conta da baixa temporada, o país está jogado às moscas. Ou melhor, aos seus trinta e poucos habitantes.
Agora, em farrapos pelas ruas de Chuí (onde não compramos absolutamente nada nos freeshops), sem banho, sem dignidade e sem pilhas, não é possível compartilhar as fotos, mas assim que possível estarão neste iluminado blog.
Por enquanto, só observo essa grotesca fronteira. De um lado da avenida, Brasil, do outro, Uruguai. Por todos os lados, gente de tudo quanto é jeito, a maioria falando um idioma estranho. Não é português, não é castelhano, não é portunhol. Falam uma língua com o sotaque da outra, com palavras misturadas, gírias variadas, expressões particulares, coisas ininteligíveis. Pombos binacionais, freeshops do lado sul, comidas típicas dos dois países, dos dois lados da cidade, e uma rodoviária com cara de galpão abandonado, que só abre quando dá na telha, completam a pitoresca cidade.
Até la vista, como devem dizer por aqui.
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