Se você gosta de fazer hiking, trekking, jogar baralho, escalar ou caminhar em tudo quanto é beco, pare de ler agora mesmo. Mas se você for uma pessoa normal, que nao aguenta andar mais de 10 minutos, nao suporta temperaturas negativas e viaja em busca de paisagens fascinantes acessiveis de carro, esse post é pra você.
Pela primeira vez desde o início da viagem, a falta de planejamento prejudicou o andamento da peregrinaçao. E logo no lugar mais remoto e entediante: a Patagônia argentina.
Chegamos em El Calafate há 5 dias, com a intençao de visitar apenas a principal atraçao local, o Perito Moreno. O glaciar é sem dúvidas o que há de mais incrível em todos os países que visitamos, e merece o deslocamento para esses confins da América. Mas se vier conhecer o gigante de gelo, compre antes sua passagem de volta, seja para onde for.
Com um pouco de, até entao, sorte, algum gringo bizarro que havia reservado acento em nosso cobiçado voô da LADE, mudou de rumo e desmarcou as danadas. Rápido, esperto, e em posse de meu último calhamaço de pesos, subi a ladeira de terra com minha intrépida companheira e compramos os últimos lugares.
OK, alegria, certo? Nem tanto. Tal aviao só desce nessa terra perdida uma vez por semana, e, como nao poderia deixar de ser, muitos dias restavam.
E é aí que começa a menos divertida saga da viagem. Após sobreviver aos ônibus, estradas e motoristas da Bolívia, ao "completo" cheio de abacate do Chile, aos guias e amigos cuspidores do Peru, é hora de enfrentar o tédio.
Isso é El Calafate depois que você já viu o Perito Moreno.
Mas amanha acaba. Enquanto o aviao da Força Aérea Argentina nao me resgata, vou ali caçar um javali pra comer.
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