
Após um ou dois dias nesta jóia do interior da Bolívia, iremos, de ônibus, para La Paz. Ainda não faço ideia do que fazer em mais esta linda cidade, além de curtir as maravilhas do ar rarefeito da altitude. Existem montanhas por perto, existem trilhas para se fazer, mas, sinceramente, não tem nada definido.
Em mais um ônibus, chegaremos a Copacabana. Sem calçadão, sem praia, sem bossa nova. Apenas passeios pelo Titicaca. De canoa de palha, caiaque ou espaguetes flutuantes, iremos pra Isla del Sol, a mais bela ilha do lago mais alto do mundo.
Da mesma forma que chegamos, partimos da ilha. De algum modo, provavelmente ônibus, iremos conhecer o Peru. Não o dos trocadilhos, mas aquele dos Incas, das lhamas e, claro, de Machu Picchu. Com base em Cuzco, a ideia é fazer a trilha inca e chegar ao vale sagrado. De algum modo iremos embora, certamente trajando blusões de couro e gorros coloridos, comprados a preços superfaturados.

Por terra (ou areia) chegaremos ao Chile, direto em San Pedro de Atacama, pra comprovar se lá realmente chove menos que no cerrado brasileiro. No deserto de Atacama, mais fotos, mais alegria e muito menos água nos aguardam.
Após dias de longas caminhadas e lindas noites de sono, embarcaremos em mais uma viagem de ônibus. Espero que alfajores gratuitos e poltronas espaçosas retirem o sal e a areia das juntas. Afinal, precisamos chegar em Santiago revigorados.
Na capital chilena, um banho de civilização, festas e bares será necessário. Talvez 2, 3 ou 4 dias revendo o cerros San Critóbal e Santa Lucia, o mercado, o Palacio de la Moneda, as calles abarrotadas de pessoas com penteados estranhos e os cafés, cheios de personagens que parecem ter saído direto do Chespirito. Uma esticada para as vizinhas Viña del Mar e Valparaíso será interessante pra ver o pacífico e para faturar alguns pesos de maneira honesta no Casino Municipal (interessado em ser crupiê, mande seu currículo).

De Pucón, uma escala na cidade de Osorno, onde parece existir transporte além-fronteira para a Argetina, mais precisamente para Bariloche. Não haverá uma mísera colher de neve no balneário argentino, mas uns dois dias de sono à beira de frondosas árvores de folhagem avermelhada carregarão as energias para a mais aguardada (pelo menos pra mim) etapa da viagem: El Calafate.

Mais uma vez sem saber nem como nem quando, chegaremos a Buenos Aires. Na verdade, nesta etapa é necessário o mínimo de planejamento, pois Javier estará nos esperando em algum lugar de Palermo com as chaves do cubículo, digo, apartamento, onde passaremos amenos e sonolentos 15 dias. Muitas parrilladas serão honrosamente devoradas, assim como shows de eletrotango e, caso coincidam as datas, uma apresentação do Guns and Roses, aquela banda da década de 80.
De Bsas, em águas calmas iremos de Buquebus para o Uruguai, onde aportaremos em Colônia del Sacramento. Parece ser uma espécie de Pirinópolis uruguaia, por isso vou torcendo para que tenham algo tão bom quanto nosso empadão goiano. Após um ou dois dias, finalmente chegaremos a Montevidéu, a meca do churrasco a preço de banana e das cervejas a preço de água salobra. Dizem que não salgam muito bem as carnes, mas, de tanto suar de alegria em cima do prato, os cortes divinos ficarão devidamente temperados.

De Montevidéu, iremos passear em Punta del Este, e recuperar em seus cassinos legais tudo o que gastamos com essa viagem. O sol estará presente o tempo todo, para que, além de vivos, possamos voltar bronzeados. Só não sabemos como, muito menos quando.
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